Durante a programação do Seminário Nacional FNA de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo, uma das temáticas abordadas no segundo painel foi a arquitetura como serviço social. No evento, que precede o 47º Encontro Nacional dos Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA), a presidente da federação, Andréa dos Santos, que mediou a conversa entre palestrantes e o público, afirmou que a discussão é um debate em amadurecimento, mas consistente.” Nosso compromisso é colocar a arquitetura dentro do serviço social como demanda, como projeto e, essencialmente, como prevenção.”
Umas das temáticas abordadas foi a importância de debater a arquitetura para todos, também voltada à população em situação de rua. Os programas de locação social, por exemplo, colocam a moradia como um serviço e servem como meio de transformação de vida para uma parte da população que não possui um imóvel. “É importante lembrar que precisamos conhecer a realidade destas pessoas para poder projetar para elas. Portanto, é essencial realizar um trabalho junto a este público”, explicou a arquiteta e integrante do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP), Liana Peres Oliveira.
O vice-presidente da FNA, Maurilio Chiaretti, trouxe a necessidade de colocar a arquitetura e urbanismo na lista de serviços essenciais para a população. Também reforçou a importância de debater a presença dos arquitetos e urbanistas no Sistema Único de Assistência Social. “O trabalho de um arquiteto não é luxo, é necessidade. Precisamos estabelecer uma ponte entre a nossa categoria, a nossa profissão e o SUAS. Só assim, poderemos tentar reverter as desigualdades do nosso país. Direito à moradia de qualidade é sinônimo de dignidade, de saúde, e toda nossa população deve ter acesso a estes direitos”, finalizou.
Foto: Carolina Jardine