As entidades de arquitetos e urbanistas precisam se unir entorno de causas conjuntas em defesa da categoria e exigir escuta em temáticas globais de interesse. A importância de estreitar laços foi assunto de mesa realizada na tarde deste sábado (02/12) durante 47º Encontro de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA) em São Paulo. Conduzido pelo secretário de Relações de Trabalho, Mobilização e Inserção Profissional, Matheus Guerra Cotta, o debate promovido pela FNA e SASP também contou com representantes do IAB, ABEA e Fenea.
A presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Ana Goes, abordou a existência de sombreamento entre as entidades e o CAU, que acaba gerando confusão e um certo apagamento das entidades. Entre as demandas citou a importância de trazer o corpo docente para dentro do CAU, e que os cursos de Arquitetura trabalhem com uma formação mais voltada para a realidade da profissão. Representado a Fenea, João Tegoni citou a urgência de levar os estudantes para fora dos muros, conhecer os escritórios modelo e debater até mesmo o formato dos estágios como agentes de precarização do mercado de trabalho.
A presidente da FNA, Andrea dos Santos, foi enfática em defender o diálogo e o respeito entre as entidades. “Estamos no mesmo espaço com situações diferentes. Foi a união das entidades que resultou no CAU. Precisamos ver as pautas que temos em comum para debate-las em conjunto com respeito às especificidades”. Citou recentes projetos encaminhados que nada mais são do que releituras de ações já realizadas no passado. “Precisamos buscar o resultado dessas histórias. E, para isso, ouvir as entidades é fundamental. Nosso papel dentro do CEAU precisa ser respeitado porque estamos lá levando a fala dos arquitetos”.
A co-presidente do IAB/SP, Kaísa Santos, frisou que o instituto está aberto ao diálogo de novas pautas em habitação e debates climáticos e que os debates se aprofundarão na Bienal de Arquitetura em 2025.
Foto: Carolina Jardine